sábado, 3 de agosto de 2013

Sinopse do Eixo Rio-São Paulo - Um levantamento minucioso sobre a localização dos clubes, as maiores torcidas, os mais vencedores, as rivalidades e outras informações sobre os principais times do Rio de Janeiro e São Paulo

Você que estava acostumado a acompanhar as sinopses internacionais, agora terá uma novidade: uma nova seção destinada também aos clubes nacionais divididos por eixo regional. Esta sinopse tratará de informar curiosidades pertinentes aos clubes do eixo Rio-São Paulo, os dois estados mais fortes e tradicionais do futebol brasileiro.

Falaremos da localização dos clubes, entenderemos as principais rivalidades, e ainda mostraremos quais são os clubes mais vencedores, os mais populares além de outras curiosidades do eixo Rio-São Paulo.

Maiores clubes do Eixo Rio-São Paulo

Como se sabe, Rio de Janeiro e São Paulo são os dois estados mais importantes do país no que se refere ao futebol. Dos chamados 12 grandes, 8 estão localizados neste eixo. São eles:

Rio de Janeiro: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama

São Paulo: Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo

Os quatro grandes do Rio estão localizados na cidade do Rio de Janeiro. Em SP, apenas o Santos se situa fora da cidade de São Paulo, mais precisamente no município de Santos, litoral paulista. Além dos grandes, o eixo RJ-SP também conta com alguns clubes que já foram grandes no passado e com médios tradicionais. São eles:

Rio de Janeiro: America e Bangu (ambos sediados na cidade do Rio)

São Paulo: Portuguesa (São Paulo), Ponte Preta e Guarani (Campinas), São Caetano (São Caetano do Sul), Santo André (Santo André), Paulista (Jundiaí), Bragantino (Bragança Paulista)

Portuguesa e América ainda são considerados ‘grandes’ para muitas pessoas, o que não anula o fato unânime de que atualmente ambos estão em um patamar bem abaixo dos quatro grandes de seus respectivos estados. O quarteto de grandes (que era quinteto tanto em SP como no RJ até os Anos 70) surgiu na Era Amadora e nas primeiras décadas após a profissionalização do futebol.

São Paulo

No estado de SP, o maior clube até o final dos Anos 20 foi o Paulistano, clube que venceu nada mais nada menos que 11 ligas paulistas antes de encerrar seu departamento de futebol em 1930. Existiam outras forças na capital paulista, como São Bento, São Paulo Athletic e a Associação Atlética das Palmeiras. Todos clubes fortes, que disputavam os títulos das ligas do estado (LPF – Liga Paulista de Futebol; e APEA – Associação Paulista de Esportes Atléticos) com os atuais grandes do futebol paulista. Entretanto, após a profissionalização e os novos desafios e obrigações do futebol profissional, apenas Corinthians, Palmeiras, Portuguesa, São Paulo e Santos seguiram o caminho do sucesso, se tornando grandes clubes bem sucedidos no estado nas décadas seguintes.

Na década de 50, quando surgiu o Torneio Rio-São Paulo, a opinião pública passou a considerar como grandes justamente os clubes que mais estavam presentes na competição, que naturalmente também eram os mais fortes do estado, que disputavam os títulos com maior constância.

Rio de Janeiro

No Rio, o processo que deu origem aos ‘quatro grandes’ (ou cinco, se considerar o América até a década de 70) é bem menos complexo que em SP. O Rio de Janeiro foi a capital federal do país até 1960. Por isso, disputavam o campeonato carioca, ou seja, um torneio que envolvia apenas a cidade, separado dos clubes do estado fluminense. No Rio, desde os primórdios, o domínio era quase exclusivo daqueles que viriam a se tornar grandes. Fluminense e Botafogo iniciaram a hegemonia desde as décadas de 1900 e 1910. Flamengo que até então era um clube dedicado ao remo, também entrou na disputa do futebol com força. O grande que mais demorou a disputar a elite carioca foi o Vasco, mas logo na sua primeira década na primeira divisão (1920), já mostrou que estava ali para brigar com os outros grandes de igual para igual.

Se em SP havia outros clubes que mediam forças de igual para igual com os atuais grandes paulistas, no Rio o processo foi mais tranquilo, sem a concorrência extra de outras equipes, a não ser a dos próprios grandes atuais, que dominam o futebol carioca desde o início (década de 1900).

Localização dos clubes

Conhecer a região sede de cada clube é um detalhe que ajuda a compreender várias características peculiares, como o tamanho da torcida, as principais rivalidades e a própria origem das equipes. Aqui, vamos abordar as cidades, regiões e os bairros aos quais as equipes do eixo estão inseridas.

Começando pelo estado de São Paulo, que possui a maior quantidade de clubes grandes e médios do país, frequentemente considerado pela opinião pública como o estado mais forte e importante no futebol. É o estado mais rico e populoso da nação, com quase 42 milhões de pessoas, entre paulistas natos e brasileiros de todos os cantos do país que moram no estado.

O Estado de São Paulo possui clubes importantes em várias cidades diferentes, as quais estão divididas em mesorregiões. No Interior de São Paulo, citamos clubes importantes que já fizeram sucesso em âmbito nacional, como o Paulista de Jundiaí (400 mil habitantes) e o Bragantino de Bragança Paulista (100 mil habitantes), cujos municípios encontram-se entre a Grande São Paulo e Grande Campinas. É evidente que existem outras cidades importantes com pequenos tradicionais, como Ribeirão Preto (Comercial e Botafogo), Mogi Mirim (Mogi-Mirim), entre outras, mas a principal cidade do interior de SP em se tratando de futebol, com certeza é Campinas.

Campinas, cidade de 1 milhão de habitantes e região metropolitana de 2,5 milhões de pessoas, possui os dois clubes mais importantes do interior de SP e do Brasil: Guarani e Ponte Preta. Fazem também o maior clássico do interior do Brasil. O mapa acima representa a localização da Região Metropolitana de Campinas e a figura abaixo mostra a região metropolitana em detalhes com a localização dos clubes. Clique sobre a imagem para ampliá-la.























A Ponte Preta é oriunda do bairro que dá nome ao clube, tradicional bairro da Ponte Preta, na região centro-sul de Campinas. Não muito longe dali, localizado mais ao centro-leste da cidade, encontra-se a sede do Guarani e o estádio Brinco de Ouro da Princesa.

Saindo do interior, partimos para a Mesorregião Metropolitana de São Paulo, que engloba a cidade de São Paulo, a Grande São Paulo (incluindo os municípios do Grande ABCD paulista) e a Baixada Santista. Nesta região, encontram-se os principais clubes do estado, entre eles, os ‘quatro grandes’. A cidade de São Paulo possui mais de 11 milhões de habitantes, e fica cercada de quase 40 municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo (ou Grande SP). A mesorregião metropolitana inteira (foto) ultrapassa 20 milhões de moradores, sendo a maior conurbação urbana da América do Sul e uma das maiores do planeta. 
Dentro da Mesorregião metropolitana, está a cidade de São Paulo que concentra 4 clubes importantes: Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Portuguesa, além de dois pequenos tradicionais (Juventus e Nacional). No Grande ABCD Paulista, microrregião vizinha à cidade de São Paulo, estão situados outros clubes de destaque, entre eles o São Caetano, da pequena cidade de São Caetano do Sul (150 mil habitantes) e o Santo André, da cidade de mesmo nome (700 mil habitantes). E territorialmente vizinha ao Grande ABCD e à capital paulista, mas separada pela Serra do Mar, está a microrregião metropolitana da Baixada Santista (1,6 milhão de habitantes), cuja cidade de Santos é o maior e mais importante município da região. Em Santos (450 mil habitantes) está localizado mais um dos 4 grandes, o Santos Futebol Clube, além de outros pequenos tradicionais como a Portuguesa santista e o Jabaquara. O mapa abaixo ilustra a Mesorregião Metropolitana de São Paulo. Nele é possível observar o local onde cada clube se sedia e a microrregião onde possuem sua maior zona de influência.


Note que na capital paulista, o Corinthians é referido como o clube da Zona Leste da cidade, o Palmeiras da Zona Oeste, o São Paulo da Zona Sul (por causa do Morumbi, muito embora tenha sede no limite da região oeste), e a Portuguesa da região centro-norte da cidade. Fora da cidade de São Paulo, é ainda mais fácil de identificar as zonas de influência: o Santos é referido como o clube da Baixada Santista, e São Caetano e Santo André como clubes do Grande ABC.

Naturalmente, a maior proporção de torcida dos clubes está nos respectivos bairros e regiões (no caso dos cinco grandes) e na respectiva cidade (no caso do São Caetano e Santo André).

Neste outro mapa que ilustra toda a Região Metropolitana, está destacada a cidade de São Paulo em um tom de cinza mais claro, a Grande SP em cinza escuro, e a Baixada Santista em tom de cinza intermediário, com a exata localização dos quatro grandes paulistas.


Na Baixada Santista, fica a sede do Santos FC, no centro de Santos. É o único clube grande brasileiro não sediado em uma capital, embora a cidade se encontre relativamente próxima da capital paulista. A cidade de Santos é uma das mais importantes do estado e do país, movida pelo maior porto da América Latina. O porto de Santos nada mais é do que o porto de SP, que escoa toda a produção industrial da Grande São Paulo e de grande parte do Brasil. Em Santos e em toda Baixada, está a principal zona de influência do Santos, onde conta com maior quantidade proporcional de torcedores. O clube possui a maior torcida da Baixada, chegando a atingir entre 30 e 50% dos torcedores nos municípios de Santos, São Vicente e Guarujá.

Na Zona Leste da cidade de São Paulo, estão os bairros que representam a sede do Corinthians. Apesar de fundado no bairro do Bom Retiro, centro da cidade, o clube sempre foi referido como time da zona leste da cidade. Sua sede e seu novo estádio estão localizados nesta região, nos bairros do Tatuapé e Itaquera, respectivamente. A Zona Leste (ZL), maior zona de influência do Corinthians, é caracterizada por ser uma microrregião extremamente populosa (a mais populosa, com cerca de 3,5 milhões de pessoas) e dominada por bairros de população de menor poder aquisitivo. O clube possui a maior torcida desta região, sendo a maioria em todos os distritos da região leste. Alguns bairros atingem quase 40% do total de torcedores da ZL e extremo leste da cidade, chegando a quase 50% em determinados bairros como Carrão e Itaquera.

Na Zona Oeste, encontra-se o bairro sede do Palmeiras: Perdizes. Entre Perdizes e Barra Funda, dois bairros de classe média / alta, dentro da região da Lapa (subprefeitura), fica a região onde o Palmeiras mantém sua sede, seu estádio e onde possui seu maior contingente de torcedores. A Lapa é o único bairro da cidade onde o Palmeiras possui a maioria dos torcedores, chegando a 30% do total. Fundado por italianos, o clube Palestra (hoje Palmeiras) cresceu em uma das regiões mais nobres e valorizadas da capital. A Zona Oeste não é tão populosa como as outras regiões de São Paulo, possui menos de 1 milhão de habitantes, mas se destaca pelo alto poder aquisitivo de seus moradores, o que automaticamente influencia no poder de compra dos palmeirenses, bastante numerosos nesta região.

E por fim, na Zona Sul, está o estádio do Morumbi, no Jardim Leonor, a casa do São Paulo FC. Como já foi lembrado, geograficamente, o São Paulo também pode ser considerado um clube da Zona Oeste, uma vez que seu Centro de Treinamentos está localizado na Barra Funda (ao lado do CT do Palmeiras), além dos distritos do Morumbi e Vila Sônia serem frequentemente confundidos e referidos como bairros da Zona Oeste, por causa da proximidade com o bairro do Butantã, que divide a porção oeste da porção sul da cidade. O Jardim Leonor, por exemplo, é um bairro administrado pela subprefeitura do Butantã. Mas tornou-se comum referir ao São Paulo como um clube da Zona Sul. A região do Jardim Leonor, no Morumbi, também possui uma população de grande poder aquisitivo. É a região que representa a maior zona de influência do São Paulo FC, já que vários bairros da região sudoeste da cidade possuem o São Paulo como maior torcida, entre eles Morumbi, Vila Sônia e Santo Amaro, sempre acima da casa dos 30% do total. O clube também detém a maioria dos torcedores no extremo sul da cidade como Marsilac e Parelheiros.

Para finalizar a abordagem sobre a localização dos clubes do eixo RJ-SP, temos agora os clubes do estado do Rio de Janeiro. Fora da capital, o futebol fluminense não se desenvolveu tanto como na cidade maravilhosa. O Rio de Janeiro é uma cidade que concentra quase todos os principais clubes do estado. Além dos 4 grandes, América, Bangu, Olaria, São Cristóvão e outros pequenos tradicionais estão sediados na cidade do Rio. O mapa abaixo ilustra a localização dos clubes cariocas na Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro. Note que entre os mais tradicionais, não há nenhum clube situado fora da cidade do Rio de Janeiro, bem diferente de São Paulo.
Pela disposição dos símbolos no mapa, dá para perceber que Flamengo, Botafogo e Fluminense são considerados clubes da Zona Sul, enquanto o Vasco e America ficam na Zona Norte da cidade. Na região oeste do Rio, mais precisamente nos bairros do subúrbio, temos um dos pequenos mais tradicionais, o Bangu (duas vezes campeão carioca e finalista de Brasileirão), cujo bairro possui o mesmo nome do clube.

Na imagem abaixo, temos a localização exata dos grandes cariocas, com os bairros ilustrados com as cores dos respectivos clubes. Se preferir, clique sobre a imagem para ampliar a foto.
Na Zona Norte, está o Vasco da Gama, localizado no bairro de mesmo nome, desmembrado do bairro São Cristóvão (há quem considere esta região como centro). Único grande situado fora da glamorosa Zona Sul, o Vasco tem em São Cristóvão seu principal reduto de torcedores na cidade. A região foi inicialmente colonizada por portugueses, e hoje é formada por muitas comunidades carentes e população de classe média baixa.

Na Zona Sul do Rio, encontram-se Flamengo (fundado no bairro do Flamengo e sediado no bairro da Lagoa), Fluminense (bairro das Laranjeiras) e Botafogo (bairro de Botafogo). A Lagoa é o bairro que circunda a Lagoa Rodrigo de Freitas, uma das regiões mais nobres da cidade. A mesma coisa pode ser dita sobre o bairro de Botafogo. Apesar de sediar-se no bairro que dá nome ao clube, o Botafogo já mandou seus jogos durante muitos anos no estádio de Caio Martins, na cidade vizinha de Niterói, e hoje mantém seu estádio no bairro do Engenho de Dentro (Engenhão), zona norte da cidade. Já o Fluminense tem sede no bairro onde se localiza seu estádio, bairro das Laranjeiras, um bairro residencial sem acesso ao mar, porém bastante luxuoso, principal reduto da torcida tricolor na cidade.

Maiores Torcidas entre os clubes do Eixo

Os oito clubes do eixo RJ-SP possuem as torcidas de distribuição mais nacional do país. Proporcionalmente, todos eles possuem, em média, acima de 40% de seus torcedores residindo fora do estado de origem. Alguns casos, como Flamengo e Vasco, o percentual de torcida fora do estado ultrapassa a casa dos 70%.
Zonas de Influência paulista (em vermelho)
 e carioca (em azul).
O Sinopse do Futebol já abordou este tema. A zona de influência dos clubes paulistas começa no norte de Santa Catarina, e engloba a extensa faixa de território que passa pelo interior do Paraná, sul de Minas e Triângulo Mineiro, quase toda região centroeste (exceto norte de Goiás e Distrito Federal) e vai até o estado de Rondônia. Fora desta faixa, as torcidas paulistas têm apenas algumas zonas isoladas no interior do Nordeste. Nestas regiões, as torcidas dos clubes de São Paulo predominam. São as regiões que receberam maior influência da mídia paulistana, além do fluxo maior de pessoas com ligação ao povo paulista. A zona de influência dos clubes cariocas é ainda maior territorialmente, motivada especialmente pela cobertura nacional das emissoras de rádio do Rio de Janeiro na primeira metade do século XX, capital do país até 1960, o que contribuiu para a expansão das torcidas dos times do Rio. Essa faixa de predomínio vai do Vale do Itajaí e litoral de Santa Catarina, passa pelo litoral do Paraná, e após um salto sobre o estado de SP, continua pela Zona da Mata mineira, Espírito Santo e se estende por quase toda região Norte e Nordeste, além do norte de Goiás e Distrito Federal. A figura acima ilustra, em vermelho e azul, as zonas de influência paulista e carioca, respectivamente. Para ver mais sobre a distribuição geográfica das torcidas dos clubes cariocas e paulistas, clique nos links abaixo.

Distribuição das Torcidas pelo Brasil - Parte 1 (Zonas de influência dos estados)


Distribuição das Torcidas pelo Brasil - Parte 2 (distribuição por clubes)


A seguir as tabelas ilustram o percentual de torcedores dentro dos estados. São as pesquisas mais recentes (até a data de publicação deste post) de três dos principais institutos de pesquisa do país: Ibope, Datafolha e Pluri Stochos.

Pesquisas de torcida – São Paulo

Clube
Ibope
(%)
Datafolha (%)
Pluri
(%)
Corinthians
35,2
36,0
34,1
São Paulo
20,8
20,0
20,3
Palmeiras
11,8
13,0
13,3
Santos
9,2
6,0
8,2
Flamengo
1,1
2,0
-
Portuguesa
0,3
-
0,2
Vasco
0,3
-
-
Ponte Preta
0,3
-
0,4
Guarani
0,3
-
0,4
Botafogo
0,1
-
-
Fluminense
-
-
-

Fonte: Ibope 2010; Datafolha 2012; Pluri Stochos 2012.

 Pesquisas de torcida – Rio de Janeiro

Clube
Ibope
(%)
Datafolha (%)
Pluri
(%)
Flamengo
45,5
49,0
46,9
Vasco
17,8
13,0
15,6
Fluminense
10,2
12,0
10,6
Botafogo
9,3
12,0
10,0
América
0,5
1,0
-
Corinthians
0,2
1,0
-
Santos
0,2
1,0
-
Palmeiras
0,2
-
-
São Paulo
0,2
-
-

Fonte: Ibope 2010; Datafolha 2010; Pluri Stochos 2012.

Com relação ao panorama regional, as torcidas dos clubes paulistas e cariocas possuem os seguintes percentuais na Região Sudeste:

Pesquisa de Torcida – Região Sudeste

Clube
Pluri (%)
Corinthians
20,3
Flamengo
15,6
São Paulo
11,1
Palmeiras
6,2
Santos
5,3
Vasco
4,5
Fluminense
2,4
Botafogo
2,2


No cenário nacional, vamos utilizar a última pesquisa nacional até agosto/2013. Pesquisa realizada pela Pluri Stochos em 2013 com mais de 20 mil entrevistados em todas as regiões do Brasil.

Pesquisa de Torcida Nacional – Todo o Brasil

Clube
Pluri (%)
Flamengo
16,8
Corinthians
14,6
São Paulo
8,1
Vasco
5,0
Palmeiras
4,9
Santos
3,4
Fluminense
1,8
Botafogo
1,6


Para ver mais pesquisas nacionais de torcida e ver a média de todas as pesquisas dos maiores institutos, clique no link abaixo.


Os clubes de maior rejeição do Eixo Rio-São Paulo

Os clubes do eixo RJ-SP naturalmente são os mais visados pela mídia e por isso encabeçam a lista de clubes mais odiados do país, especialmente os clubes de maior torcida, como Corinthians e Flamengo. É importante salientar que, do mesmo modo que os clubes de maior torcida geram maior rejeição, os rivais dos clubes mais populares também recebem percentual significativo de rejeição. Citamos o Vasco como maior exemplo: é o segundo clube mais odiado do Brasil, a frente inclusive do Flamengo, entretanto, muito disso se deve à própria torcida flamenguista, maior do país, que coloca o Vasco nesta condição.

Acompanhe abaixo, a pesquisa mais recente sobre rejeição dos clubes. O levantamento feito pela empresa Stochos em 2012, entrevistando 8.291 torcedores das classes A, B, C e D a partir de 16 anos. A margem de erro é de 1,1% para mais ou para menos.

















Rejeição dividida por cada torcida:

































Repare que em SP, quase metade dos corintianos consideram o Palmeiras como maior rival. Para os palmeirenses, o Corinthians é quase unânime como rival mais odiado, 85% dos palmeirenses pensam assim. A maioria dos são-paulinos e santistas também odeiam mais o Corinthians, mas em percentuais menores que dos palmeirenses. Outra curiosidade é que, diferente da torcida do Corinthians, que tem no alviverde seu maior rival, as torcidas do Santos e São Paulo veem o Palmeiras como o rival de menor rejeição (apenas 3,0 e 4,1% respectivamente).

Já no Rio, a maior porcentagem de rejeição é da torcida do Vasco em relação ao Flamengo, 85% do total. Para os flamenguistas, o Vasco também é disparado o clube mais odiado, ainda que em menor proporção. Chama a atenção o fato de 8% dos flamenguistas verem o Corinthians como clube mais detestável, percentual maior que do Botafogo. Talvez seja explicado pela parcela flamenguista que reside em cidades de predomínio paulista, onde o contingente de corintianos é maior que dos rivais cariocas, fazendo com que os rubro-negros nutram ódio maior pelo clube paulista. Entre os torcedores do Fluminense e Botafogo, a maioria da torcida de ambas as equipes odeia, pela ordem, o Flamengo, e depois o Vasco.

Clubes do Eixo e a mídia

Os clubes paulistas e cariocas naturalmente compõem o grupo de clubes brasileiros de maior exposição e visibilidade. Isso se deve a vários motivos, entre os quais destacamos dois. Primeiro, pelo fato de possuírem as maiores torcidas do país (os cinco clubes mais populares do Brasil são do eixo) gerando, dessa forma, maior repercussão, interesse publicitário e retorno financeiro do mercado. E segundo, pela condição geográfica, uma vez que São Paulo e Rio de Janeiro são as duas maiores metrópoles do país, possuindo as maiores empresas de comunicação do país, de alcance nacional, que tendem a realizar maior cobertura dos clubes locais.

As principais emissoras de televisão e de rádio do Brasil - Rede Globo (RJ), TV Bandeirantes (SP), TV Record (SP), Rede TV (SP), Radio Globo (RJ), Radio Jovem Pan (SP) etc -, os principais jornais e revistas do país – Folha de São Paulo (SP), Jornal O Estado de São Paulo (SP), Revista Placar (SP), Jornal O Lance! (RJ) etc - e os principais sites esportivos brasileiros – Globo Esporte (RJ), Folha On Line (SP), Lancenet (RJ), Gazeta Esportiva (SP), etc - são paulistas e cariocas, e todos de abrangência nacional. Isso ajuda a entender o porquê dos clubes paulistas e cariocas dominarem os rankings de visibilidade nacional e exposição na mídia.

No Brasil, os estados com a maior quantidade de órgãos de imprensa de abrangência nacional são São Paulo, em primeiro, e Rio de Janeiro, em segundo plano.

Para saber mais sobre a visibilidade dos clubes, leia o capítulo 1 do ranking de mídia, que trata dos Estudos e Pesquisas de Visibilidade.


Cotas de Tevê – os oito maiores clubes do eixo estão entre os 12 clubes brasileiros que mais recebem grana da TV. A cota do Brasileirão é dividida em parte fixa e parte variável (pay per view). A cota de PPV é menor, dividida de acordo com o número de vendas de pacotes PFC do canal Globosat. Já a cota fixa é dividida pela mesma Globosat de acordo com fatores mercadológicos como audiência dos jogos, número de jogos transmitidos e tamanho da torcida.

No quadro abaixo, veja como é feita a divisão anual do dinheiro fixo referente ao Campeonato Brasileiro, segundo a Revista Placar. Na coluna ao lado, o valor recebido pelos clubes na temporada de 2012 (lembrando que o valor pago em 2012 já inclui a cota variável de PPV, a cota dos estaduais, e ainda pode estar alterado para alguns clubes por diversos fatores como adiantamento de dinheiro em anos anteriores, luvas por novos contratos e acordos extras pagos pela Rede Globo).

Clube
Cota Fixa estimada (R$)
Valor recebido em 2012 (R$)
Corinthians
84 milhões
153 milhões
Flamengo
84 milhões
112 milhões
São Paulo
70 milhões
104 milhões
Santos
70 milhões
89 milhões
Palmeiras
70 milhões
73 milhões
Vasco
70 milhões
57 milhões
Fluminense
50 milhões
53 milhões
Botafogo
50 milhões
46 milhões
Portuguesa
25 milhões
18 milhões
Guarani
25 milhões
Não disponível
Ponte Preta
20 milhões
Não disponível

Além da divisão do Campeonato Brasileiro, os clubes paulistas e cariocas recebem uma pequena parte referente aos estaduais. Esse dinheiro é pago pela Globosat juntamente com as federações de cada estado (Federação FPF e FERJ). O Campeonato Paulista é o estadual que melhor remunera seus clubes. Veja abaixo quanto cada clube recebe pela participação nos estaduais:

Campeonato Paulista

São aproximadamente R$ 70 milhões divididos entre 20 clubes:

- Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo – R$ 10,8 milhões

- Portuguesa, Guarani, Ponte Preta e demais clubes – R$ 2,1 milhões

Campeonato Carioca

São aproximadamente R$ 40 milhões divididos entre os clubes:

- Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco – R$ 8 milhões

- America, Bangu e demais clubes – R$ 500 mil

Clubes mais vencedores do eixo

O estado de São Paulo leva vantagem nos títulos. Os clubes paulistas possuem uma quantidade significativamente maior de títulos, tanto nacionais como internacionais. Possui os dois maiores vencedores de campeonatos nacionais (Palmeiras e Santos), os dois maiores vencedores de títulos internacionais (São Paulo e Santos), além dos maiores campeões do Torneio Rio-São Paulo (Corinthians, Palmeiras e Santos).

Análises minuciosas sobre os títulos dos clubes paulistas e cariocas já foram abordadas em outras matérias do Sinopse do Futebol.

Os quadros a seguir resumem a quantidade de títulos dos clubes do eixo RJ-SP, mostrando o número de títulos estaduais, brasileiros (entre Campeonato Brasileiro, Copa União, Roberto Gomes Pedrosa e Taça Brasil), Libertadores, Mundiais interclubes (e Copa Intercontinental), além do total de títulos nacionais e internacionais, incluindo outros torneios menos importantes.

Campeonatos de âmbito estadual e regional

Clube
Torneio Rio-São Paulo
Campeonato Paulista
Total
Corinthians
5
30
35
Palmeiras
5
24
29
Santos
5
22
27
São Paulo
1
22
23
Portuguesa
2
3
5

Clube
Torneio Rio-São Paulo
Campeonato Carioca
Total
Flamengo
1
37
38
Fluminense
2
32
34
Vasco
3
24
27
Botafogo
4
21
25
America
-
7
7


Campeonatos de âmbito nacional

Clube
Título Brasileiro
Copa do Brasil
Total Nacional
Palmeiras
10
4
14
Santos
8
1
9
Flamengo
8
3
11
Corinthians
7
3
10
São Paulo
6
-
6
Vasco
4
1
5
Fluminense
4
1
5
Botafogo
2
-
2
Guarani
1
-
1
Paulista
-
1
1
Santo André
-
1
1


Campeonatos de âmbito internacional

Clube
Libertadores
Mundial Interclubes
Total
Internacional
São Paulo
3
3
12
Santos
3
2
8
Palmeiras
3
-
5
Flamengo
2
1
6
Corinthians
1
2
4
Vasco
1
-
2
Botafogo
-
-
1

Dados atualizados em março/2022.

Os links abaixo mostram como é a participação percentual dos clubes paulistas e cariocas no total de títulos nacionais, da Libertadores e dos Mundiais interclubes. Há ainda uma abordagem dos eixos RJ-SP em um comparativo de títulos com o eixo Rio Grande do Sul-Minas Gerais e com o restante do Brasil. Perceba que o domínio dos clubes do eixo RJ-SP é muito grande, principalmente na divisão de títulos nacionais.



Maiores Clássicos do Eixo Rio-São Paulo

Nesta seção, vamos falar apenas dos principais clássicos envolvendo os clubes do RJ e SP. Qualquer confronto entre Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco é considerado clássico. Para algumas pessoas, até mesmo o confronto com o América é referido como clássico. Em SP, ocorre a mesma coisa em relação à Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, além da tradicional Portuguesa.

Para conhecer o retrospecto dos clássicos paulistas e cariocas, tanto em confronto direto como em confrontos mata-matas e decisões, clique nos links abaixo.

Sinopse dos Clássicos Cariocas - Confronto Direto e Mata-mata

Sinopse dos Clássicos Paulistas - Confronto Direto e Mata-mata


 Resumo dos principais clássicos:

Fla-Flu é o nome do clássico entre Flamengo x Fluminense. É considerado o clássico mais charmoso e tradicional do país. A rivalidade entre as duas equipes nasceu junto com a própria história dos clubes, quando uma dissidência de alguns jogadores do Fluminense em 1911 que migraram para o Clube de Regatas do Flamengo, até então um clube de esportes aquáticos, e que deram origem à equipe de futebol rubro-negra. A rivalidade que começou com os jogadores, logo tomou dimensões maiores com o crescimento do Flamengo nos Anos 1910, que tomou o posto do Botafogo de maior rival do Fluminense. A rivalidade tem ainda um cunho local, uma vez que os dois clubes pertencem a mesma região da cidade, a glamorosa zona sul do Rio. Atualmente, o Fla-Flu não é mais a maior rivalidade carioca, por conta do clássico Flamengo e Vasco, mas continua sendo o clássico mais famoso e completo da cidade.

Derby Paulista é o nome do jogo entre Palmeiras x Corinthians. É o clássico mais importante e tradicional de São Paulo, um dos maiores do país. Assim como o Fla-Flu, os clubes já nasceram para ser rivais. O Corinthians, que era um clube associado às camadas mais populares da região do Bom Retiro, repleto de imigrantes de origem humilde, viu um grupo de imigrantes italianos dissidentes abandonarem o Corinthians para fundar outro clube, o Palestra Itália. Esses italianos foram considerados traidores pelo ex-clube. Daí surgiu o ódio pelo rival, chegando ao ponto de existir aversão pela cor verde para os corintianos e preta para os palmeirenses. A rivalidade é tão intensa que muitas vezes chega às vias de fato, como nas inúmeras brigas entre as duas torcidas ao longo dos tempos. Historicamente, é a maior rivalidade de São Paulo, adquirindo com o tempo outra característica oposta: O Palmeiras se fixou em uma região que se tornaria uma das mais nobres e valorizadas da capital paulista (região de Perdizes, Lapa) enquanto o Corinthians se ancorou cada vez mais ao leste da cidade, assumindo o rótulo de clube do povão e dos bairros mais humildes.

Derby Campineiro é o clássico entre Ponte Preta x Guarani. O Derby de Campinas é considerado o maior clássico do interior do Brasil, uma rivalidade muito intensa que pára a cidade. Guarani e Ponte são clubes que ficam territorialmente próximos um do outro. São rivais que protagonizam as atenções da maior cidade do interior de SP, com a disputa histórica para saber quem é o maior clube da cidade. A torcida do Guarani costuma se gabar da vantagem nos títulos, enquanto os ponte-pretanos se defendem dizendo ser o clube mais tradicional e popular da cidade. O clássico é marcado por violentos confrontos de torcedores.

Clássico dos Milhões é o confronto entre Vasco x Flamengo. O nome do clássico é referência ao tamanho das duas torcidas, as duas maiores entre clubes cariocas. É um clássico de dimensão nacional, entre os dois clubes com maior proporção de torcedores residentes fora do estado de origem. A partir dos Anos 1970, a rivalidade entre Flamengo e Vasco cresceu muito, a ponto de se tornar a maior rivalidade carioca. A maioria esmagadora dos vascaínos considera o Flamengo como seu maior rival, e a mesma coisa ocorre com os flamenguistas em relação ao Vasco. Existe ainda um cunho bairrístico, já que os vascaínos pertencem à Zona Norte, região mais carente, enquanto o Flamengo é um clube da rica Zona Sul. É o clássico mais violento do Rio.

O Majestoso é o clássico entre São Paulo x Corinthians. Um clássico que viu sua rivalidade aumentar consideravelmente nos Anos 2000. Há quem considere atualmente como a maior rivalidade de SP em razão das recentes disputas e alfinetadas dos dirigentes de ambas as equipes. O fato de serem atualmente as duas maiores torcidas do estado, os dois maiores orçamentos do Brasil e pela disputa política entre os clubes (principalmente durante o episódio de exclusão do Morumbi e inclusão da Arena Corinthians na Copa do Mundo de 2014) tornaram o Majestoso um dos clássicos mais quentes e acirrados do país.  A origem dos clubes ainda na Era Amadora (clube do povo x clube da elite paulistana) é outro fator que sempre colocou os dois times em lados opostos.

SanSão é o clássico que envolve Santos x São Paulo. O clássico que recebeu esse nome do jornalista Thomaz Mazzoni em referência às iniciais dos nomes e à força dos dois clubes, é o clássico das duas agremiações mais vitoriosas do futebol brasileiro. São Paulo e Santos tem uma disputa sadia pela hegemonia do futebol brasileiro nos títulos, fato que ajuda a acirrar a rivalidade. O enfraquecimento recente do Palmeiras, historicamente o segundo maior rival para ambas as equipes depois do Corinthians, fez com que são-paulinos e santistas considerassem um ao outro como o segundo maior rival (fato observado na última pesquisa de rejeição). Uma curiosidade é que o apelido de “peixe” do Santos surgiu na década de 1930 quando os jogadores e torcedores do Santos que subiam a serra eram chamados de ‘pescadores’ e ‘peixeiros’ em tom depreciativo pelos são-paulinos da abastada elite paulistana.

Clássico dos Gigantes é o nome do jogo entre Fluminense x Vasco. Este nome é bem recente, de 2006, eleito pelos próprios torcedores dos dois times em uma enquete de um jornal. É um clássico de muita rivalidade, motivado pelo fato do Flu ser o clube grande mais elitizado do Rio e do Vasco ser o clube de origem mais popular. Tanto tricolores como vascaínos consideram-se como segundo grande rival, cuja rivalidade só é inferior às que envolvem o Flamengo.

Choque-Rei é o clássico entre Palmeiras x São Paulo. Este nome também foi dado por Thomaz Mazzoni quando as duas equipes protagonizavam a principal disputa de títulos dos Anos 1940. Nesta época, um episódio que contribuiu para aumentar ainda mais a rivalidade entre os dois clubes foi quando o São Paulo pressionou o governo para tomar providências contra o então Palestra Itália, em função da Segunda Guerra Mundial. Algumas fontes chegam a dizer que o São Paulo ainda teria tentado tomar posse do estádio palmeirense naquele momento. O Choque-Rei é historicamente o clássico mais charmoso da cidade, de dois clubes localizados em bairros nobres e vizinhos, na região oeste e sudoeste da capital. A proximidade acirra ainda mais a rivalidade entre os vizinhos. Não por acaso, é considerado o clássico mais violento de São Paulo.

Clássico Vovô é o confronto entre Botafogo x Fluminense. Recebeu esse nome por ser o primeiro clássico do futebol carioca. Antes do surgimento do Flamengo, o futebol do Rio de Janeiro era dominado por Botafogo e Fluminense, que faziam o maior clássico da cidade. Os dois clubes são de bairros vizinhos e de classe média alta, o que os tornava ainda mais rivais. Os tempos passaram, e hoje a rivalidade continua forte, apesar do crescimento de outras forças como Flamengo e Vasco. A principal disputa entre Botafogo e Fluminense é a do número de torcedores, bastante equilibrada atualmente e que gera muitas discussões e rivalidade. É um clássico com histórico de brigas entre grupos organizados.

Clássico Alvinegro é o jogo entre Corinthians x Santos. Clássico mais antigo de São Paulo, marcado por muita rivalidade. O Corinthians é o maior rival para a grande maioria dos santistas, e entre os clubes paulistanos, a torcida corintiana é a que tem o maior percentual de rejeição ao Santos, talvez explicado pela rivalidade intensa nos Anos 60, quando o Santos de Pelé deixou o Corinthians por onze anos sem vencer um clássico no Campeonato Paulista. Apesar de sediados em cidades diferentes, a rivalidade é nutrida pela proximidade das torcidas. Na Baixada e em grande parte do litoral paulista, Santos e Corinthians são as duas maiores torcidas com certa folga. E na capital, a região onde o Santos possui seu maior contingente de torcedores é justamente na Zona Leste, o maior reduto de corintianos de São Paulo.

Clássico da Rivalidade é o jogo entre Botafogo x Flamengo. Clássico importante de dois clubes da Zona Sul. Embora não seja uma das maiores rivalidades do Rio, este clássico ganhou aditivos especiais depois de uma sequência de finais entre os dois clubes na década de 2000. O Flamengo é o grande rival dos botafoguenses, embora o Fluminense seja o clube que tenha a rivalidade mais enraizada com os alvinegros.

Clássico da Saudade é o jogo entre Santos x Palmeiras. Recebeu este nome por causa das frequentes disputas de títulos na década de 1960, quando o Palmeiras era o único clube de SP que conseguia quebrar a hegemonia do Santos. Dentre os 4 grandes paulistas, é a rivalidade menos aflorada, talvez pelo fato de hoje representarem a terceira e quarta maior torcida do estado.

Clássico da Amizade é o jogo entre Vasco x Botafogo. Clássico mais pacífico do Rio, de torcidas que se dizem “amigas”, inclusive entre as organizadas. A rivalidade existe, mas é a menor entre os cariocas.

Clássico das Colônias é o jogo entre Palmeiras x Portuguesa. Clássico entre os dois clubes de colônia da capital paulista, colônia portuguesa e italiana.

Clássico da Paz é o clássico entre Vasco x America. Já foi um clássico importante no Rio, na época em que o América ainda disputava títulos com os outros grandes. Hoje, é apenas um clássico local de dois clubes da região centro-norte da cidade.

Clássico Norte-Sul Paulistano é o jogo entre Portuguesa x São Paulo. Recebeu este nome por serem frequentemente taxados de clubes da zona norte e zona sul da cidade.

Outros clássicos paulistas: Portuguesa x Santos, Portuguesa x Corinthians, Santos x Portuguesa Santista (clássico local da cidade de Santos), Santo André x São Caetano (clássico de rivalidade local do Grande ABC).

Outros clássicos cariocas: America x Bangu (clássico de rivalidade local para saber quem é a quinta força do futebol carioca), America x Botafogo, America Flamenge America Fluminense.

23 comentários:

  1. ADOREI! gostei bastante do resumao dos classicos, fotos muito fodas, sou cearense moro em natal e torco para o Botafogo. Nunca tinha lido nada falando de sede, nao sabia que o fogao era da zona sul, muito legal as fotos dos mapinha, vou até salvar kkkkk. o bairro se chama Botafogo tambem? E em sampa tambem, achava q santos ficava mais longe de sao paulo, só q vendo o mapinha parece q é bem pertinho. Show! Saudaçoes

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    1. Vasco x mequinha só os dois pequenos da zona norte kkkkkkkkk

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  2. muito obrigado informação interessante foi enviada com sucesso saudações

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  3. Vai fazer resumão dos clubes do nordeste tbm?

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    1. Com calma, pretendemos chegar lá. Abrs.

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    2. Aproveita e faz um do eixo Sul-Minas também!

      Muito legal o trabalho de vocês, tão de parabéns! :D

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    3. Legal o trabalho, espero a sinopse do eixo MG/RS,estados que também são grandes centros do futebol brasileiro.

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  4. O melhor site de FUTEBOL que já vi na vida, o PVC fica no chinelo kkkkkkkkkkkkkkkkk sou TRICOLOR DO MORUMBI o MAIOR de todos _X_

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  5. O Guapira, que atualmente se encontra licenciado, também é um clube paulistano da Zona Norte. O Audax (antigo Pão de Açúcar) também é paulistano, mandando seus jogos no Nicolau Alayon, estádio do Nacional.

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  6. Sem querer atropelar o pedido do Gilson Júnio, mas depois, se possível, gostaria de ver uma sinopse sobre o futebol argentino.

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    1. Olá, Jonatas. Já existe sinopse do futebol argentino, foi uma das primeiras da seção internacional. Veja na lista de sinopses. Abraço. http://sinopsedofutebol.blogspot.com.br/2011/11/sinopse-do-futebol-internacional.html

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  7. Sempre pensei que o Flamengo por ter a maior torcida tinha suas origens nas camadas mais populares e era o "time do povo" no RJ, e agora vi que ele estava na zona sul ssim como o Fluminense.

    Então, por quê a torcida do Flamengo é tão grande?

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    1. Trabalho de mídia feito pela diretoria rubro-negra da década de 30 foi um fator importante. O Flamengo, apesar de elitista, pensou em obter a hegemonia de torcidas e foi o primeiro clube à tentar atrair essas camadas inferiores. O Vasco, de origem pobre, lógicamente deveria ter tido a maior torcida do estado. Essa seria a tendência caso o povão carioca na época soubesse ou se importasse com isso

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  8. Penso que poderia ser feito um comparativo dos clássicos fora dos estados, como Flamengo x COrinthians, Vasco x Palmeiras, Flamengo x São Paulo, etc.

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  9. Gostei muito do artigo, SENSACIONAL, melhor impossível, grande artigo da sinopse do futebol do eixo RJ/SP. Gostaria que publica-sem também a Sinopse do Futebol do eixo MG/RS,abraços!!!!

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  10. Repetindo o pedido, gostaria que fizessem a Sinopse do futebol do eixo MG/RS,abraços!!!!

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  11. Gostei bastante do texto, apenas uma correção merece ser feita, o Palmeiras NÃO foi formado por uma dissidência do Corinthians, essa afirmação é desmentida pelo departamento histórico dos dois clubes, essa confusão nasce do fato de que mtos itálo-brasileiros que jogavam no Corinthians posteriormente foram jogar no Palestra, alem de alguns indivíduos terem sido diretores nos dois clubes.

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  12. Apenas uma correção, Flamengo tem três copas do Brasil e não duas, como está na matéria.

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  13. Com relação a rivalidade clubística entre os clubes paulistas, deve-se fazer ressalvas a respeito do fato do numero de são paulinos rejeitarem o Santos ser superior ao de rejeição ao Palmeiras. Acredito que a maioria da torcida do São Paulo tem no Palmeiras o seu segundo rival e não no Santos. O mesmo vale para o Palmeiras, acho que o número de palmeirenses com aversão ao São Paulo é muito superior ao apresentado pela pesquisa. Por isso não se pode analisar os números frios, sem levar em conta o contexto do estado de São Paulo. Vamos supor que 80% dos São paulinos que responderam ter o Santos como seu maior rival (cerca de 12% do total da torcida), sejam de Santos ou das cidades próximas ao município praiano, onde por lá as coisas se invertem e ao contrário do resto do estado, o Santos passa a ter a maior torcida e com isso acaba tendo uma rejeição maior de sao paulinos, palmeirenses e corinthianos daquela região. Em contrapartida, creio que mais de 70% dos sao paulinos e palmeirenses que responderam ter o corinthians como principal rival, tem no outro time da capital o seu segundo rival (seriam torcedores da grande sao paulo e do interior de maneira geral, onde sp e palmeiras disputam o posto de segunda maior torcida do estado). Nessas pesquisas, seria interessante saber qual o segundo time que você mais rejeita, aí sim teríamos a noção exata se de fato o Santos é o segundo rival do torcedor São Paulino, o que duvido que seja, pois nas redes sociais muitos sao paulinos após perderem para o Santos na semi da copa do Brasil, declararam preferir ver o time praiano campeão do que o Palmeiras, rivalidade é isso, o time que vc mais detesta é aquele que vc irá torcer contra, mesmo que o outro tenha sido aquele que eliminou vc.

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  14. Gostei bastante, mas creio que só faltou falar dos times de menor investimento do Rio que atualmente figuram uma posição de muito mais destaque que América e Bangu, são eles: Voltaço (atual quinta força do Rio), Macaé, Boa Vista, Resende, Madureira. Forte abraço e parabéns!

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  15. sei que o artigo é um pouco antigo, mas tenho de destacar um erro pouco percebido na caixa de comentários. Apesar de o Palmeiras se localizar no que é hoje uma área de classe média alta, na época de sua fundação a região da Barra Funda era reduto de imigrantes de italianos que trabalhavam nas indústrias Matarazzo, a maioria pobre e que tirava seu sustento no chão de uma fábrica. A região da Barra Funda era habitada por operários que não tinham condições de morar no Centro ( Barra Funda dista 4km do Centro de SP, o que no começo do século passado era uma grande distância, visto a evolução dos meio de transporte). Com a evolução dos meios de transporte e o crescimento urbano a região passou por uma grande valorização, tendo as populações mais pobre migrado para a crescente zona sul de São Paulo e pro extremo leste, além das cidades próximas como Osasco, Guarulhos e o grande ABC.

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  16. Excelente artigo, sensacional, porém gostaria de discordar de alguns comentários ou seja, o futebol do eixo RJ/SP foi realmente supremo no futebol brasileiro até a primeira metade dos anos 60, porém a partir da segunda metade dos anos 60 começa a crescer outros centros como MG e RS e com o decorrer das décadas esta diferença do futebol do eixo em relação aos outros começa a diminuir. Hoje não se pode dizer que o eixo RJ/SP são as principais forças do futebol do Brasil, lógico tem uma força da mídia, maior força política nos bastidores, mas não é tão suprema como antes e vejamos: Qual é a força já algum tempo do RJ? é só Flamengo, Vasco,Fluminense,Botafogo são grandes pela tradição, mas há muito estão fracos e SP? Nos últimos anos só o Palmeiras,Corinthians,São Paulo e Santos são grandes tem tradição, mas estão fracos. Em MG o Atlético é a força o Cruzeiro caiu em que pese ser grande e de tradição e no RS o Grêmio sofreu uma queda, mas está se levantando e o Internacional se mantém razoavelmente bem.No PR o Athético PR vem crescendo e hoje é uma força do futebol brasileiro. Resumindo, há muito o futebol brasileiro está nivelado e NÃO PODEMOS dizer que o eixo RJ/SP é hoje em dia as duas maiores forças nacionais, no passado sim no presente NÃO.

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